As gravações na loja Foto Regina no centro da cidade de Jaguaruna representam um ponto de partida na narrativa do documentário "A Pedra e o Farol", já que o local guarda o precioso acervo das imagens históricas do sr. Gentil Reynaldo, que promovem o resgate histórico a respeito dos muitos naufrágios da região, bem como das mudanças ocorridas na ocupação do litoral do Cabo de Santa Marta e Jaguaruna ao longo das últimas seis décadas.
Localizada num casario antigo, a loja está em vias de ter que mudar-se do endereço que ocupa há décadas, pois a construção histórica será demolida para dar lugar a um supermercado - um acontecimento simbólico dentro da temática sobre valor da memória no mundo cotidiano que está presente no filme.
A conversa com os irmãos Ênio e Gilson, dois dos filhos do sr. Gentil - falecido há poucos anos - e ainda o neto Guilherme, que representa a terceira geração de fotógrafos na familia, permitiu traçar um interessante paralelo entre o passado e o presente da atividade fotográfica, além de contextualizar as motivações e curiosidades por trás da formação do valioso acervo fotográfico que será aproveitado no documentário.
No roteiro dos depoimentos, o resgate sobre a vida do primeiro - e por muitas décadas o único - fotógrafo da região, analisando as velozes mudanças tecnológicas que mudaram radicalmente a atividade, até às dificuldades de se manter uma loja de fotografia numa cidade pequena nos dias atuais.
15 de junho de 2014
No intuito de complementar o conteúdo captado para contar detalhes sobre as fotografias históricas dos naufrágios e encalhes ocorridos na região ao sul do Cabo de Santa Marta, encontramos em Florianópolis o simpático José Alberto Reynaldo, sobrinho do pioneiro sr. Gentil e por muitos anos o seu braço direito na captação das valiosas imagens de acervo que documentam parte da história de Jaguaruna entre os anos 40 e 70.
Suas ricas lembranças ofereceram curiosidades sobre os bastidores da atividade e as motivações por trás das fotografias antigas que compõem o documentário. além disso, a presença do sobrinho Guilherme como cinegrafista nesta entrevista criaram uma atmosfera ainda mais interessante para o diálogo temporal promovido no filme.
